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Uma das maiores pobrezas do nosso planeta é que a grande maioria da população não recebe um mínimo não miserável de educação musical. Basta apenas saber tocar um instrumento para se ser logo menino bonito. Só o mínimo já é bom.
Se todos tocassem, só seria bom quem tocasse bem.
É como as mulheres na política. São tão poucas - realidade infeliz por diversas razões - que basta uma ter existência e ser jovem para ser logo considerada.
Soube pelo Sapo que a Amy Winehouse foi encontrada morta no seu apartamento. Mesmo não sendo grande apreciador da sua música, não posso deixar de sublinhar a perda. E ao ler a notícia, recordar o desaparecimento de uma das minhas grandes paixões musicais, a Lhasa de Sela que, tal como a Amy, partiu muito nova e quando ainda tinha tanto para dar.
Hoje vão lembrar a vida vivida no limite pela Amy Winehouse. Sempre fui indiferente às notícias sobre o excesso de álcool e drogas da cantora. O que me interessa num músico é a sua obra e não a forma como vive.
A Lhasa foi assassinada pela doença maldita, um estúpido cancro. A Amy Winehouse, segundo as notícias, foi levada pela droga, outra grande maldição dos tempos modernos. Duas vidas perdidas.
O novo trabalho dos fantásticos Beirut é lançado no próximo dia 2 de Agosto. No youtube já rola vou parte do novo álbum. Aqui fica uma:
Existem vários tipos de vícios e de viciados. Alguns conseguem ultrapassar a dependência. Outros não. Na música que acompanha o post, o exemplo é a toxicodependência. Na vida, são inúmeros os vícios e nem todas as dependências derivam de estupefacientes.
Hoje, a meio de uma conversa nada agradável, dei por mim em silêncio limitando-me a ouvir o outro. O outro lado da linha e a pensar que existem casos verdadeiramente perdidos. Esses, por muito que nos custe, são impossíveis de “salvar”. Por não compreenderem que se encontram no meio da teia e a aranha está mesmo ali, a ver, a preparar o seu ataque mortal.
Só se cura quem se quer curar…
Não sei. Que raio de lembrança para este dia...