Cinco anos Cinco...
.... festeja hoje ESTE blog!
oIIIIIIIo
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.... festeja hoje ESTE blog!
oIIIIIIIo
Era uma vez....
...Um blogue que nasceu em Fevereiro de 2006. O primeiro blogue nacional dedicado a esta marca e sem qualquer apoio da dita. A coisa foi correndo até que findo o mês de Dezembro de 2009 foi abandonado mas não esquecido. Agora chegou a hora de, lentamente, recuperar este "filho". Numa nova plataforma (adeus Blogger) esverdeada. Uma cor muito especial para a marca.
Assim sendo, estão todos convidados a passar por lá com direito a música e assim perceberem as coisas extraordinárias que se podem fazer com um....Jeep!
Mas atenção, todo o processo de mudança demora o seu tempo (uma desculpa para dizer que ainda não está terminado).
O Argentina/Chile, a que alguns por lapso chamam “Dakar”, terminou.
Foi uma prova fantástica e bastante complicada para todos os participantes. Não perdi um só dos programas especiais do Eurosport, o único canal com uma cobertura completa desta fantástica aventura, e fiquei rendido às paisagens e aos trilhos magníficos da Argentina e, sobretudo, do Chile.
Uma vez mais, para grande mágoa, a Jeep não alinhou com uma equipa oficial. É estranho, muito estranho, que a marca ícone do 4x4 continue afastada da mais importante prova (e montra) do Todo Terreno. O ano de 2010 foi um dos melhores de sempre na história desta marca americana – as vendas do novo Grand Cherokee estão a ser surpreendentes ao ponto do passado mês de Dezembro ter sido o melhor da sua história em vendas do GC num só mês e tendo em conta que este ainda não se encontra disponível no mercado europeu, já para nem lembrar que o Jeep Wrangler é considerado um dos melhores para todo-terreno assim como o Cherokee/Liberty. Até a BMW arriscou levar um Mini! O “Dakar” é uma montra sem igual.
Os portugueses estiveram muito bem. Nos jipes o Ricardo Leal dos Santos foi o melhor “aguadeiro” com um excepcional 7º lugar final. Por sua vez, nas motas, os portugueses brilharam. Venceram algumas etapas e foram os grandes animadores de quase todas. Em grande esteve o Hélder Rodrigues que foi o 3º (melhor classificação de sempre de um português) e o melhor não KTM. O Ruben Faria ficou em 8º mas andou sempre na frente e se não fosse um percalço na antepenúltima etapa teria ficado em 4º lugar e teria sido o melhor “aguadeiro” de sempre. Uma nota para o Paulo Gonçalves, em BMW, cuja participação estava a ser “de outro mundo” até ter dado um valente tombo e partido a clavícula (enquanto “durou” foi sempre dos mais rápidos e o melhor da BMW).
Agora que terminou a edição de 2011 resta esperar pela próxima. Já estou com saudades!
Entretanto, aqui fica um momento muito especial do Argentina/Chile, quando um velhinho Fiat 127 "salvou" o gigantesco Hummer do Robby Gordon:
Ora façam o favor de confessar: todos temos uma panca, não é verdade?
Eu não nego ter várias. Uma delas chama-se Jeep. Podia ser pior, não? Como a explicar? Não sei. Quem compra um 4x4 procura algo diferente e que o leve por maus caminhos. Repito, um 4x4, daqueles verdadeiros, não uma daquelas chafaricas altas a que chamam SUV e que nem é um 4x4 nem uma carrinha. No fundo são um clio com uma suspensão mais alta.
Uns preferem Toyota e a sua fiabilidade mas feios como tudo. Outros preferem um Pajero mas o nome é medonho. As senhoras mais dadas a estas aventuras sempre gostaram de um Vitara ou, no tempo presente, um Discovery, uma maravilha para subir passeios, ir às compras e fazer as delícias dos mecânicos. Os (as) mais, a bem dizer, “abonados” sempre preferiram algo como um Range Rover ou um VW Touareg, quiçá um Porsche Cayenne. Puff…
Ora, macho e "macha" que se digne escolheu sempre entre o vetusto Defender e o verdadeiro Jeep Wrangler. Os puros e duros. Não me venham com a tanga do Patrol, coisa mais horrenda…
A Jeep é a mãe e o pai desta criançada toda. Para o macho e a macha: o Wrangler. Para o intelectual de esquerda: o Cherokee. Para a malta de direita e os liberais de várias frentes, sem esquecer as senhoras: o Grand Cherokee. Foram estes três exemplares que todas as outras marcas, Range e Land Rover incluída, vieram beber no desenvolvimento dos seus produtos 4x4. Eu sei que dói, meus caros adeptos das restantes marcas, mas a verdade custa sempre a reconhecer.
Vou confessar este meu pecado: em diferentes momentos da minha vida e do famigerado imposto automóvel já tive em mãos um destes meninos. No início da minha vida matrimonial tive um Cherokee (a minha mulher, mesmo não assumindo, sempre foi uma infiltrada de esquerda em casa).
Mais tarde, nos loucos anos do Eng. Guterres em que todos, ou quase, acreditamos que isto era sempre a subir e a enriquecer, perdemos a cabeça e fomos trocar o já gasto Cherokee, cujas areias do Sahara a ele se colaram para todo o sempre, pelo Grand Cherokee. Uma coisa de outro mundo aliando o conforto com uma destreza formidável nos maus caminhos, um senhor! Durou uma década sem qualquer avaria, sem qualquer queixume perante a violência do trato que lhe era dado: recordo a forma como invadiu uns gelados Picos da Europa de forma imperial (bela palavra para o cagaço que apanhamos) e a elegância com que enfrentou as feras no parque de estacionamento público junto ao Casino Mónaco (nunca vi tanto Ferrari na vida) ou a alcunha (The Black Beast) quando atacava as picadas infernais de Vilar de Luz.
Depois, depois chegou o Eng. Sócrates e caímos todos na real. Toca a vender o menino e adquirir um Wrangler comercial de dois lugares. A vida não está para brincadeiras. Ora, ter um Wrangler é atingir o pico de macho(a). Imaginem a cara dos restantes condutores quando este menino se aproxima das respectivas traseiras com aquele ar assustador, assim a modos que vai mesmo passar por cima. Mesmo que depois, bem vistas as coisas, deparam com um “tonho” ao volante todo engravatadinho ou uma madame de fatiota janota. Enfim, durante a semana é assim mas ao fim-de-semana desperta o lado diabólico dos seus (suas) proprietários(as) de chapéu, colete pejado de bolsos e botas preparadas para os mais infernais banhos de lama! Uma espécie de Dr. Jekyll and Mr Hyde. Recordo com supremo gozo dois ganapos amigos muito machos, daqueles que nas famosas noites dos clérigos passeiam de copo de Vdk na mão enquanto atiram uns piropos às donzelas, que uma vez começaram a gozar com o meu Wrangler, chamando-o de “carro dos bombeiros” e outros epítetos cuja boa educação não recomenda a sua transcrição. Foi em pleno Aeródromo de Vilar de Luz, a Meca dos maus caminhos na AMP. Desafiados a experimentar a destreza do tal “carro dos bombeiros” e depois de sentados e com o cinto bem apertado, era vê-los, uns meninos, a gritar “piedade” na subida da morte ou na descida do francês. Sabe Deus como aquelas bexigas aguentaram. Uns meninos! Um deles até rezou…
Bem, como sou um optimista, acredito que não tarda nada e isto melhora. O José não dura sempre, a crise também não e eu já estou doidinho por pôr as mãos num menino destes:
Como diz a Jeep: The Things We Make, Make Us. E façam o favor de ser felizes!