Tudo dentro da normalidade
Uma pessoa vai uns dias para fora e quando já está a regressar fica a saber que tudo continua a seguir o seu caminho. Somos Porto!
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Uma pessoa vai uns dias para fora e quando já está a regressar fica a saber que tudo continua a seguir o seu caminho. Somos Porto!
Braga é uma cidade com mais de dois mil anos de história. O Porto é uma urbe cuja história se perde na bruma dos tempos. A Bracara Augusta e a Portuscale antecedem a nacionalidade e as suas raízes, profundas, cruzam-se num certo tipo de afinidade social. Os cerca de sessenta quilómetros que as separam marcam uma falsa ideia de distância que a realidade (e o tempo) se encarrega de aproximar.
Não deixa de ser interessante olhar para cada uma e ver a evolução diferenciadora. Se Braga é hoje uma cidade de juventude e de prosperidade, o Porto atravessa uma das maiores crises de identidade das últimas décadas. Se Braga é o motor do Minho, o Porto deixou o motor gripar e olha para Gaia e Maia como os mecânicos de serviço. O que realmente diferencia estas duas cidades é algo complexo e simultaneamente simples: liderança.
A sorte de Braga é ter um conjunto de decisores políticos que a amam e não ambicionam ter, através dela, um mero bilhete de ida, sem volta, para Lisboa e o seu afrodisíaco Terreiro do Paço, o ópio do povo político. O azar do Porto é ter tido, nas últimas décadas, meros passageiros políticos em trânsito. Olham para o Porto como um trampolim. Não o amam, não o sentem, não o conhecem. Obrigando os autarcas dos arredores a ter de puxar a carruagem.
É preciso compreender que ser Presidente de uma Câmara Municipal não é apenas e tão só um posto mas “o posto” na cidade. Não é um mero local de trabalho que se abandona às Quintas de tarde e a ele se regressa às Terças de manhã. É “o local”. E depois, depois é fundamental não confundir algo tão simples que custa ter de explicar, passados tantos anos: nem Pinto da Costa é o F.C. Porto nem a Câmara Municipal do Porto é Rui Rio. As instituições estão para além dos seus líderes de ocasião.
O destino, esse malvado, juntou Braga e o Porto na bela e remota Dublin. O mundo do pontapé na bola uniu aquela que é a segunda cidade de Portugal com a que conseguiu, com muito trabalho, afirmar-se como a terceira cidade portuguesa. Juntas à volta de um quadrado de relva que faz as vezes de mesa. É nestas pequenas coisas que se vê a diferença: os decisores políticos, os empresários, a universidade e até o clero de Braga rumaram a Dublin. Na comitiva portuense nota-se uma ausência, a constante e ensurdecedora ausência. Dirão alguns que é apenas e tão só futebol. É verdade. Mesmo sendo, provavelmente, a seguir ao Vinho do Porto, o maior exportador da imagem do Porto cidade e região. Mesmo sendo, ao contrário de tantas outras coisas, algo de excelência que o Porto consegue produzir. Ok, é apenas e tão só futebol…como se isso já não fosse imenso, tendo em conta tudo o que arrasta.
Essa filosofia estaria correcta, perfeita, não fosse a importância que meia dúzia atribui, na minha cidade, ao circuito da Boavista no oposto do silêncio em torno do futebol e da sua indústria enquanto dinamizador económico. Reparem, se o Turismo do Porto e Norte de Portugal, se a maioria dos autarcas da região, se boa parte dos empresários, se o Povo considera aquilo que hoje se passa em Dublin suficientemente importante para entupir o Aeroporto (talvez a maior ponte aérea de sempre no país em apenas 48 horas), encher os cafés e antecipar a hora de ponta no Porto, em Braga e boa parte da Região, é difícil de entender o silêncio de dois ou três iluminados. Ou talvez não.
A explicação é simples: é preciso amar o Porto para o perceber. É preciso conhecer os cantos e recantos da Ribeira, perder-se pela Miguel Bombarda, compreender Campanhã, subir Mouzinho da Silveira até aos Aliados e pelo caminho dar um pulo aos jardins do palácio enquanto não se desce a Boavista em direcção ao mar terminando no Passeio Alegre ou em Massarelos.
É preciso compreender que ser Presidente de uma Câmara Municipal não é apenas e tão só um posto mas “o posto” na cidade. Não é um mero local de trabalho que se abandona às Quintas de tarde e a ele se regressa às Terças de manhã. É “o local”. E depois, depois é fundamental não confundir algo tão simples que custa ter de explicar, passados tantos anos: nem Pinto da Costa é o F.C. Porto nem a Câmara Municipal do Porto é Rui Rio. As instituições estão para além dos seus líderes de ocasião.
Por isso, ao olhar orgulhoso para mais uma vitória histórica do meu Porto e rumar para o meio da multidão, do meu Povo, nos Aliados senti pena. A pena de não ter visto em Dublin, ao lado dos autarcas de Braga, do Presidente da sua câmara, o seu colega do Porto. Um sentimento justificado e sublinhado ao olhar para os Aliados e espreitar para a NOSSA casa e vê-la fechada, como que envergonhada. Uma vergonha não de si mas daqueles que ainda a ocupam não compreenderem o seu significado.
Qualquer um pode ser Presidente da Câmara Municipal do Porto mas não é um qualquer que ficará no coração dos Portuenses. Uma coisa sei de Pinto da Costa: estará para sempre no coração dos Portistas e no da maioria dos Portuenses.
Obrigado F.C. Porto por seres o nosso Orgulho. O orgulho das nossas Gentes.
Parabéns Braga por, igualmente, afirmares a nossa Região.
Orgulhoso por pertencer ao blogue que fez serviço público enquanto o Ministério das Finanças (e a imprensa em geral, diga-se em abono da verdade) assobiaram para o lado. Um trabalho excepcional (no qual fui mero espectador espantado pela velocidade).
Orgulhoso ao ler esta posta/notícia e aproveitar para me rir, uma vez mais, graças ao bom-humor do Rodrigo, o homem que nos (Portuenses e Andrades) acusa de não termos sido romanizados e nos chama Celtas. Ele que ficou maravilhado com Campanhã.
Orgulhoso por saber que o meu Porto já está em Dublin e com ele o enorme Braga 2010/11. Duas das cidades mais carismáticas do Norte, a Liberal cidade do Porto e a eternamente Jovem (e Capital Europeia da Juventude 2012) Braga. Na terra de Bono,Wilde, Beckett, Yeats, Pearse, MacDonagh, Clarke Thomas, MacDiarmada, Plunkett, Eamonn, Connolly ou Collins (para aqueles que entendem a Irlanda como uma só) e dos Celtas, Portistas e Bracarenses estão em casa. Um regresso às origens (seguindo a filosofia de RMD).
Por isso, orgulhosamente, amanhã seremos todos, novamente, Celtas.
..uma música (ainda) mais especial para festejar este momento que o meu Porto e o "nosso" Braga nos deram:
Algumas almas da Pátria preferem (ver caixa de comentários do post "A Força do Dragão") encontrar justificações estranhas para menorizar o resultado do F.C. Porto perante o Villareal. São razões que a razão desconhece.
Nada como citar a insuspeita imprensa vizinha para procurar explicar aos cépticos o que ontem, a exemplo do resto da época, aconteceu:
Jornal Marca: "O Villareal ficou sem oxigénio na segunda parte e o F.C.Porto passou-lhe por cima. A diferença física foi tão abismal como o resultado"
Jornal AS: "O Villareal levou uma vassourada descomunal. O F.C. Porto deu uma lição de futebol...".
Jornal El Mundo: "O F.C. Porto deu um recital de jogo de equipa e fundiu a equipa espanhola".
Jornal ABC: "A avalancha (cito) de futebol directo, agressivo, triturador e absolutamente exigente do F.C. Porto na segunda parte destroçou o Villareal. Este F.C. Porto tem fome de êxito, de triunfo e de fazer história insaciável".
A opinião generalizada na imprensa desportiva internacional sublinha algo notório: "Este F.C. Porto deveria estar na Champions e não na Liga Europa".
Só por cá alguns teimam em não querer ver...
"Dublin já sente a chama do Dragão" é o título do Sapo e candidato a título mais bem apanhado da noite.
Meus amigos, mais uma chapa 5 servida na melhor sala de espectáculos do país, o Dragão!
Ontem o meu FCPorto deu uma enorme lição ao seu principal e histórico adversário.
Alguns, mais entusiastas, falam em humilhação. Erro. OFCP não humilhou o Benfica, apenas lhe deu uma enorme lição. Não ao Benfica enquanto Instituição, merecedora de todo o respeito, mas a um certo "benfica": aquele que olha para a superioridade do FCPorto como mera batota. Aquele que não vê, ou não quer ver, três décadas de trabalho, de sangue, suor e lágrimas, de esforço e dedicação, de razão e paixão.
O “benfica” acha que tudo o que o FCPorto ganha é fruto da “fruta e da meia-de-leite” fingindo-se virgem pura nestas matérias, fazendo de conta que só existem processos contra dirigentes do FCPorto e os seus são uns puros. O melhor exemplo de pureza deste “benfica” é aquele senhor, advogado, que o representa num programa televisivo da SICN, todo ele um modelo de educação e moderação, a mesma moderação tida quando se apanhou com poder público e procurou sanear o Prof. Marcelo pelo crime de delito de opinião.
Esse “benfica” não é o Benfica. Este é uma Instituição de respeito e respeitável, o outro é uma espécie de casa de alterne mal frequentada onde se apaga a luz e se incita os “seguranças” a não deixar os adversários festejar com os seus adeptos. O Benfica é um clube que já deu muito ao desporto português, o “benfica” é uma espécie de calamidade que lhe aconteceu, assim como nas famílias existe sempre um parente que nos envergonha. O "benfica" é a vergonha do respeitável Benfica.
Por isso, ontem, o meu Porto humilhou esse “benfica” reduzindo-o à sua insignificância. E não o fez dentro das quatro linhas, não. Nessas apenas existiu futebol. A humilhação concretizou-se pelas palavras moderadas, pelo elogio ao treinador adversário, pelos festejos contidos na casa deste. Pela forma como o meu Porto soube ganhar mesmo olhando para aqueles que, uma vez mais, não souberam perder.
Ontem, no Estádio da Luz, na casa do SLBenfica, o meu Porto foi grande, foi gigantesco e não o escrevo motivado pela vitória mas pela grandeza de como soube ganhar e dar uma valente bofetada de luva branca nessa coisa a que chamo simplesmente e em letra do tamanho dos seus protagonistas, “benfica”.
O resto? O resto é pontapé na bola. São onze contra onze e no fim ganha o Porto. Tão simples como isto.
Sou portista! from ricky moralez on Vimeo.
Este meu Porto é terrível! Mais uma "Chapa 5" para a colecção des verdadeiro "FCPorto Vintage".
Sou portista! from ricky moralez on Vimeo.