Os bons hábitos...
E a época arrancou com mais um título para o F.C. Porto.
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E a época arrancou com mais um título para o F.C. Porto.
A foto dos campeões no arranque de mais um ano de glória:
(foto do JN)
Hoje é dia de Festa!
Numa altura em que o Sporting procura uma nova liderança e se multiplicam as promessas de milhões nada como olhar para um exemplo sem igual de gestão desportiva: o F.C. Porto e Jorge Nuno Pinto da Costa.
Ao longo das últimas décadas, ao contrário dos seus adversários, a estabilidade directiva e de filosofia de gestão desportiva do F.C. Porto, pela mão de Jorge Nuno Pinto da Costa, permitiu ao clube atingir a liderança nacional e afirmar-se internacionalmente. Poucas marcas em Portugal podem, hoje, gabar-se de tal.
A notícia de hoje, no Diário Económico, da compra do Porto Canal pelo F.C. Porto e pelo Luís Paixão Martins é mais um passo firme numa estratégia de gestão exemplar. Quando a MEO lançou a Benfica TV (e queria, igualmente, uma Sporting TV e uma F.C. Porto TV), o SLB preferiu um canal mono, ou seja, para os adeptos e, entre estes, os mais ferrenhos dos ferrenhos. É uma estratégia possível mas redutora.
O F.C. Porto preferiu seguir outro caminho. Esperar e na melhor oportunidade juntar o melhor de dois mundos: ter um espaço próprio televisivo mas como “acrescento” de audiência a um espaço mais generalista e vocacionado para uma região, a sua região. O Porto (clube) é mais do que a sua região? É. Mas estas são as suas raízes. O Barcelona é mais do que a Catalunha? É. Mas essas são as suas raízes e por isso a sua relação especial com a CTV3.
Ao escolher adquirir o Porto Canal mantendo a sua linha regional o FCP escolheu o caminho certo. Em vez de criar um canal de raiz dedicado aos ultras, aproveita o que já existe acrescentando-lhe conteúdos (transmissões das modalidades amadoras, p.e.) potenciadores de audiência. Ao preferir esta estratégia, Jorge Nuno Pinto da Costa demonstra estar, uma vez mais, à frente do seu tempo.
O nosso João avançou com ESTA posta mas a coisa funciona como a equipa de futebol dos Leões:
Mas esta aplica-se que nem uma luva:
Pode não parecer mas eu até sou um rapaz ordeiro. Por isso, quando o Rodrigo Saraiva no Twitter me pediu “calma” antes de eu vir aqui escrever sobre a humilhação encarnada, confesso que fui tomar um lexotan.
Estou abalado. Eu não joguei no euromilhões e por isso perdi uma fortuna incalculável. Andei toda a semana a azucrinar o José António, um benfiquista doente da Maia. Sempre que me cruzava com ele atirava: “Ó Zé António, abaixo de cinco é derrota”. Foi a minha vingança – no ano passado, durante toda a semana que antecedeu a visita do SLB ao Dragão, o Zé António sempre que me via dizia: “Abaixo de cinco é derrota”. O Porto ganhou e eu fartei-me de gozar. Este ano tudo fiz para lhe proporcionar a desforra mas o Hulk e o Jorge Jesus não deixaram. Paciência. Amanhã, mal dê de caras com o Zé António, vou dar-lhe um abraço e os meus mais profundos sentimentos pois detesto humilhações.
No Twitter fartei-me de avisar ao intervalo do jogo: “Calma, ainda falta o franguito da praxe e o Hulk molhar a sopa”. O frango surgiu logo no arranque da segunda parte a rondar a baliza do benfas e o Hulk mais para o final fez o que lhe competia – e tal foi o esmero na tarefa que molhou duas vezes, o malandro. Entretanto alguém avisou que não era um frango mas antes uma galinha. A estupidez típica do citadino que não distingue uma galinha de um frango. Logo ali ficou a explicação: a galinha, durante a primeira parte, esteve entretida a pôr…bolas de golfe.
O lexotan está a fazer efeito por isso vou terminar adaptando uma célebre frase de um alto quadro da Mota-Engil: Quem se mete com o Porto, leva. Ora, depois de nos quererem convencer que são precisos 30 carros de polícia e mais de uma centena de agentes para entregar o embrulho encarnado no hotel quando, em Lisboa, um autocarro de adeptos do FCP foi incendiado (notícia de mero rodapé na nossa isenta imprensa) e na visita seguinte à capital o Porto foi escoltado por meia dúzia de agentes, é insultarem o orgulho tripeiro. Por isso, desta vez, levaram cinco e se repetirem a gracinha, já sabem, é para cima de meia dúzia. E mai nada!
Num rigoroso exclusivo do Albergue Espanhol fica aqui a notícia de última hora: o tão aguardado Porto – Benfica não se vai realizar hoje.
Por motivos ainda não revelados oficialmente, o motorista do autocarro que trazia a equipa do Benfica enganou-se no trajecto e conduziu toda a comitiva encarnada para Karachi (Paquistão). Um lamentável equívoco (parece que o motorista é sportinguista embora algumas fontes avancem com a possibilidade de erro grave do GPS recentemente instalado na viatura, um novo produto oficial do SLB produzido na Vila das Aves numa conhecida fábrica de um retinto portista).
Esse foi o motivo que levou a que o autocarro dos lampiões fosse escoltado por dezenas de viaturas da polícia e centenas de agentes da autoridade, além de dois blindados das Nações Unidas e um veículo anti-minas do corpo expedicionário de Coina.
A costumeira má-fé do jornal oficial do benfas (A Bola) e do pasquim oficial anti-Porto (Record) levou os incautos a pensar que o autocarro encarnado estava a chegar ao Porto – uma montagem de grande qualidade que, segundo boa fonte, foi realizada pelo 31 da Armada. Os verdadeiros conhecedores da realidade da Invicta e arredores não se deixaram enganar: uma terra que cedeu sem tugir nem mugir aos dislates do Secretário de Estado das Obras Públicas, um povo que continua bovinamente a deixar-se levar na cantiga do centralismo do Terreiro do Paço nunca seria motivo de receio para uma simples comitiva de um clube fraquito - pálida imagem daquele outro que no tempo da ditadura salazarenta ganhava a tudo e a todos antes mesmo de ser dado o pontapé na chicha…
Enfim, anda tudo doido!
Foi uma noite de gala e a primeira grande prova de fogo para André Vilas Boas. Um exame que à partida era complicado mas com o desenrolar dos minutos de jogo se tornou quase impossível.
Foram três grande equipas em campo mas o Porto foi um justo vencedor. A garra e a união do grupo mereciam um resultado assim. O público no Dragão e em casa mereciam assistir a uma verdadeira partida entre as duas melhores equipas portuguesas dos quatro últimos anos e assim foi. Um jogo digno da Liga Inglesa.
Uma palavra para o Hulk: hoje demonstrou que é um verdadeiro Dragão. Mesmo lesionado não deixou de "exigir" ajudar a equipa nos momentos finais. Sem tiques de vedeta, este é que é um verdadeiro galático!