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Albergue Espanhol

"-Já alguma vez estiveste apaixonado? - Não, fui barman toda a minha vida." My Darling Clementine, John Ford.

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"-Já alguma vez estiveste apaixonado? - Não, fui barman toda a minha vida." My Darling Clementine, John Ford.

O Primeiro-Ministro compreende os manifestantes.

 

 

 

Parecendo querer imitar o discurso de De Gaulle aos manifestantes de Argel em 1958: "Je vous ai compris!", Sócrates declara que compreende os manifestantes da "geração à rasca". E logo a seguir justifica-se com as inúmeras medidas que tem vindo a adoptar em defesa dos jovens deste país, no âmbito da sua "política de modernidade" e de "defesa dos jovens". Imagine-se quais são essas medidas: "a lei mais justa na interrupção voluntária da gravidez", "a lei da paridade, para que mais mulheres tenham acesso à vida política", "a iniciativa legislativa no campo do divórcio litigioso" ou "a lei que permite em Portugal o casamento entre pessoas do mesmo sexo". Ou seja, a jovens que não têm emprego nem salário e que passam por inúmeras dificuldades económicas, o Primeiro-Ministro responde com leis relativas ao acesso ao casamento, ao divórcio e à actividade política. Não lhe passa seguramente pela cabeça que muitos desses jovens não têm condições para se casar, quanto mais para se divorciar, e que antes de decidir fazer política precisam de arranjar um emprego que os possa sustentar. Isto só me faz lembrar o célebre mito de que perante uma manifestação de pessoas a pedir pão, a rainha de França Maria Antonieta teria dito: "Se não têm pão, por é que não comem brioches?". Há de facto limites para a insensibilidade dos políticos perante as angústias dos cidadãos. E se os partidos políticos têm alguma aspiração de sobrevivência, têm que compreender o novo quadro político que surge depois do dia de raiva que hoje ocorreu. Deixem-se de "ternuras" e olhem para o país.

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