A "glasnot" que falta, a "perestroika" que tarda
Uma capa (24 Horas) sobre a autenticidade dos políticos de congelador desta gerontocracia de honoríficos. E um programa de candidatura presidencial que falta (Belmiro na "Visão). "Bloco central, não. Senão vira ditadura a dois, compadrio. Neste momento, e quase direi por felicidade, não há um Governo de maioria". "Criou-se um sistema em que o povo vota pelas festas, frigoríficos e passeios". "Os salários são baixos. O pessoal do meio é que ganha de mais. Têm de ser aumentados o último piso e o rés-do-chão"."O primeiro-ministro telefona ou manda telefonar com muita frequência". "Cavaco é um ditador. Mandou quatro amigos meus, dos melhores ministros, para a rua, assim de mão directa". "Para se ter uma sociedade coesa, os trabalhadores têm de ser bem tratados, não se podem explorar". "Não há nenhum empresário sério que se reveja nas associações patronais". "Podia ser interessante regionalizar a Educação". Um quarto de hora antes de morrerem, todos ainda estão vivos, na habitual "belle époque" dos crepúsculos de regime.