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Albergue Espanhol

"-Já alguma vez estiveste apaixonado? - Não, fui barman toda a minha vida." My Darling Clementine, John Ford.

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"-Já alguma vez estiveste apaixonado? - Não, fui barman toda a minha vida." My Darling Clementine, John Ford.

Apodrecer à vista de todos

 

Qualquer economia, para se desenvolver, necessita de um mercado de capitais que funcione adequadamente, bem regulado e com forte liquidez. No caso português o bom funcionamento da bolsa de valores deveria merecer a melhor atenção do governo, dada a descapitalização das nossas empresas, a escassez de crédito e a dificuldade em atrair investidores para uma economia que não cresce há uma década, está sobre-endividada e, em definitivo, já só faz manchetes pelas piores razões.

 

O que se passou esta semana na Portugal Telecom (PT) é paradigmático do que tem sido o pecado de sucessivos governos: vender o capital das empresas e continuar a mandar nelas. No caso vertente, Cavaco começou a privatização e Guterres completou-a, apenas no sentido em que foi nos seus governos que se vendeu a agentes privados, nacionais e estrangeiros, o capital da empresa. Mas na PT mandou Cavaco e seus rapazes, reinou Guterres com os seus boys, depois a dupla Barroso-Santana com sus muchachos e agora manda Sócrates. Ninguém pode ignorar, de Anchorage a Vladivostok, que Sócrates é o verdadeiro dono da empresa que Cavaco “pôs no prego” do Estado despesista há quase 20 anos.

 

A PT é hoje o retrato eloquente de um regime que apodrece à vista do mundo inteiro. Digo regime porque os governos não actuaram sozinhos. Muito pelo contrário…

 

Esta sexta no Correio da Manhã