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Albergue Espanhol

"-Já alguma vez estiveste apaixonado? - Não, fui barman toda a minha vida." My Darling Clementine, John Ford.

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"-Já alguma vez estiveste apaixonado? - Não, fui barman toda a minha vida." My Darling Clementine, John Ford.

O valor da vida humana:

 

O muito portuense espírito de tertúlia ainda resiste. Um grupo de três dezenas de portuenses reúne-se, mensalmente, à mesa da “Cafeína Wine & Tapas”. A última tertúlia teve como tema “O Caos”.

 

A este grupo pertencem vários médicos, alguns advogados e economistas, inúmeros professores universitários, empresários, jornalistas e magistrados.

 

Nessa tertúlia, cujo último encontro foi esta semana, fiquei a conhecer um caso verídico (do qual omito alguns pormenores por deveres, óbvios, de reserva de privacidade) paradigmático da problemática dos custos do Serviço Nacional de Saúde.

 

Sucintamente: Um doente esteve ligado a uma máquina durante cerca de seis meses enquanto esperava por um transplante. Findo esse período surgiu o esperado órgão. A taxa de sucesso deste tipo de transplante é deveras reduzida. Sem contar com a operação de transplante, este caso custou ao SNS 1,5 milhões de euros (trezentos mil contos em moeda antiga). Mais de 70% do orçamento para 2010 desse departamento foi consumido num único caso.

 

Explicava-me um médico: se fosse em Inglaterra, a máquina teria sido desligada ao fim de 10 dias e o paciente teria morrido. Motivo: ser financeiramente incomportável. Já um outro explicava: este custo terá como implicação, por motivos orçamentais, o não tratamento de outros doentes.

 

Ora aqui está um bom tema para discussão. Como resolver estas questões num país remediado e que vive numa crise profunda não existindo dinheiro para tudo? Qual o melhor sistema, o nosso ou, por exemplo, o inglês?

 

 

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