A Regra do Jogo de Carlos Santos
Continuando a escrever para a Areosa pois eu não renego as minhas origens e delas muito me orgulho, vou procurar explicar ao Carlos Santos que não vale a pena fazer de conta que mistura alhos com bugalhos. Até por ter percebido que não faz a mais pálida ideia de quem sou.
Não, não estou a defender os Abrantes nem os seus apaniguados. Aliás, sabe bem que não o faria, bem pelo contrário, como os meus escritos passados e presentes na blogosfera o provam.
Nem tão pouco estou a duvidar daquilo que foi divulgado por si, seja hoje no Corta Fitas como ontem no A Regra do Jogo. Nem sombra de dúvida. Ou não estivesse a ser divulgado por alguém que esteve lá e que participou activamente. Ou, pelo menos, assim pareceu num passado recente.
O que me espanta é este recente arrependimento. Muito parecido com certos arrependidos comunistas dos finais de oitenta vinte anos depois do 21 de Agosto de 1968 em Praga.
Se soubesse quem sou conhecia o meu passado e as minhas ideias sobre o chamado “aparelho partidária”, a amizade e a lealdade sem esquecer o asco que nutro pelos anónimos – seja na blogosfera seja noutro sítio qualquer. E detesto todo aquele “que tem a cabeça dentro e esperneia as pernas para fora”.
Uma das velhas e retintas artimanhas a introduzir em qualquer discussão é rotular quem se pretende atingir da sua semelhança com aqueles que acusou. Já estou habituado e já levo anos suficientes de blogosfera para o saber reconhecer. Por isso nem vou perder mais tempo. Até por ter aprendido algo na Areosa: Não expliques, os amigos não precisam e os inimigos não vão acreditar.
Agora, se me permite, regresso às minhas férias. Procurando escrever, sempre, para a Areosa e evitando cair na tentação de o fazer para a Triana e sabendo que não o faço para a Central...