Cavaco cirúrgico
A propósito da crise e da decisão de empurrar os problemas com a barriga, coisa em que José Sócrates é mestre, Cavaco Silva foi hoje muito claro em relação à manutenção de obras faraónicas como o TGV, o novo aeroporto de Lisboa e alguns investimentos rodoviários: "Eu entendo que faz sentido reponderar todos aqueles investimentos, públicos ou privados, na área dos bens não transacionáveis, que tenham uma grande componente importada, isto é, que utilizem pouca produção nacional e que sejam capital intensivo, ou seja, que utilizem pouca mão de obra portuguesa".
Como eu também disse aqui ontem, o Presidente da República entende que era melhor "favorecer o aumento da produção de bens e serviços transacionáveis, em detrimento daqueles que não são transacionados nos mercados internacionais". Alguém está com as orelhas a arder...