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Albergue Espanhol

"-Já alguma vez estiveste apaixonado? - Não, fui barman toda a minha vida." My Darling Clementine, John Ford.

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"-Já alguma vez estiveste apaixonado? - Não, fui barman toda a minha vida." My Darling Clementine, John Ford.

"separados à nascença" by abrantes

 

 

Os Abrantes entraram em delírio completo. Agora dizem que José Sócrates é tipo um herói como Eduardo, o guarda-redes, foi considerado.

 

Ora, querem os Abrantes dizer que José Sócrates está para a PT como Eduardo esteve para o Mundial.

 

Seja feita a tradução mais detalhada: Eduardo defendeu muito, mas os espanhóis marcaram e Portugal foi eliminado.

 

Última Hora: Abrantes anunciam que a PT foi-se!

Apodrecer à vista de todos

 

Qualquer economia, para se desenvolver, necessita de um mercado de capitais que funcione adequadamente, bem regulado e com forte liquidez. No caso português o bom funcionamento da bolsa de valores deveria merecer a melhor atenção do governo, dada a descapitalização das nossas empresas, a escassez de crédito e a dificuldade em atrair investidores para uma economia que não cresce há uma década, está sobre-endividada e, em definitivo, já só faz manchetes pelas piores razões.

 

O que se passou esta semana na Portugal Telecom (PT) é paradigmático do que tem sido o pecado de sucessivos governos: vender o capital das empresas e continuar a mandar nelas. No caso vertente, Cavaco começou a privatização e Guterres completou-a, apenas no sentido em que foi nos seus governos que se vendeu a agentes privados, nacionais e estrangeiros, o capital da empresa. Mas na PT mandou Cavaco e seus rapazes, reinou Guterres com os seus boys, depois a dupla Barroso-Santana com sus muchachos e agora manda Sócrates. Ninguém pode ignorar, de Anchorage a Vladivostok, que Sócrates é o verdadeiro dono da empresa que Cavaco “pôs no prego” do Estado despesista há quase 20 anos.

 

A PT é hoje o retrato eloquente de um regime que apodrece à vista do mundo inteiro. Digo regime porque os governos não actuaram sozinhos. Muito pelo contrário…

 

Esta sexta no Correio da Manhã

Golden where?

Ora a ver se percebo: Num dia o Governo ouve atentamente os bancos e vem para a rua dizer que está muito preocupado com a falta de liquidez do sistema financeiro e das empresas. No dia seguinte, usa o veto da golden share para impedir um negócio de 7,15 mil milhões de euros. Foi isto que aconteceu, não foi? Ah! 

Zeinal Bava está para o Cristiano Ronaldo como o Henrique Granadeiro, para o Carlos Queiroz

 

Como já podemos discutir Deus, a pátria e a própria família, vou ouvindo, lendo e vendo o que se vai passando com os patrocinadores do Gato Fedorento. E não é por medo da santa inquisição laicizada deste renascido nacionalismo económico, herdeiro do que foi configurado por Salazar, com o modelo de "acordos de cavalheiros" nos corredores e antecâmaras do proteccionismo, que me deslumbro com este inusitado intervencionismo de quem vive da subsidiodependência dos protectorados multinacionais...

 

O socialismo deste nacional-capitalismo, marcado por uma espécie de liberalismo a retalho é directamente proporcional ao desvario da porta-voz do comissário europeu da concorrência que num português de futebolítica declarou que a coisa, por não ter dimensão europeia, não se pode "blocar"...


É pena que no jogo de ontem, o árbitro não fosse do nosso estadão...é que nos cinco minutos finais ele podia pegar na bola, passá-la ao Cristiano e fazer um golaço. O problema é se o apitador se enganasse na baliza...


Claro que as "golden" são legais perante a lei portuguesa. Podem é ofender os princípios gerais de direito comunitário, segundo a interpretação jurisprudencial ou euroburocrática. Mas quanto mais isto for juridiqueiro, mais ganha a parecerística e mais produtividade têm as faculdades de direito... até as espanholas!

 

A questão do Rui Pedro Soares/TVI, comparada com a assembleia-geral da PT de hoje é como paralelipipedizarmos os comentários do Rui Santos sobre a verdade desportiva com a derrota de ontem em campo. No capitalismo ganha-se no terreno do mercado e não nas politiquices e juridicices de secretaria. Chamem o Joe Berardo!

 

Porque Zeinal Bava está para o Cristiano Ronaldo como o Henrique Granadeiro, para o Carlos Queiroz. Vale mais ser Ricardo, o Espírito e o Santo, que esses ganham sempre!

 

É pena que o Mário Lino, o açoriano do velho Sporting, não possa dar as velhas sarrafadelas. O outro, o ex-comunista ministerializado e entachado, não serve. Apenas sabe fiscalizar a CGD com senhas de presença, diria "jamé" e continuaria a defender a união ibérica, até porque a língua portinhola descende não sei de quê...Não consta que tenha lido, por dentro, São Saramago!

 

PS: Na imagem, Lula ao Vivo, propondo a nacionalização da companhia brasiliense, agora disputada pelos pretensos herdeiros do Tratado das Tordesilhas. Lula terá dito que vai mesmo dar uma de metalúrgico e pôr na ordem os antigos colonizadores europeus. Hugo Chávez já mandou um telegrama de solidariedade e o galego Fidel de Castro comentará amanhã o assunto no "Grama", com uma entrevista que fez hoje ao Miguel Urbano Rodrigues, em breve comentada por Correia da Fonseca no sobrevivente jornal nético dito "O Diário" que não pode ir para o prelo porque lhe falhou o papel fornecido pela RDA, donde também veio a senhora Merkl. A ilustração não consta, por anacronismo ao contrário, do velho "Guia das Assembleias Gerais" de Roque Laia, edição de autor, Lisboa, 1957, quando só os advogados, sobretudo os líderes do Movimento Nacional Pró-Divórcio, percebiam da arte, onde brilhou sempre o político da I República Francisco da Cunha Leal, que vendia os seus discursos aos velhos cavalheiros da indústria e das finanças, sobretudo nas companhias coloniais, encravando sempre o ministro dito das colónias, depois rebaptizado como do ultramar... Na altura, até havia catedráticos de direito, como o professor Ventura que apenas recebiam o vencimento ministerial e que contratavam jovens advogados, depois também ministros da pasta, para aguentarem os discursos mais que sofísticos desse anti-Salazar em figura verbal!

Presidenciáveis (34)

 

António Vitorino

 

No processo de sucessão de José Sócrates, que já está em marcha, este nativo de Capricórnio será sempre um nome a ter em conta: a opinião dele pesa no PS. Poucos ainda se lembram que entrou no partido pela ala esquerda, vindo da UEDS de Lopes Cardoso: hoje é um dos expoentes da ala direita, que vê Sócrates não como um trunfo mas como um empecilho para o futuro do partido. Este qualificado jurista de 53 anos - na opinião de muitos, uma das personalidades mais brilhantes do PS, com as funções de vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa, juiz do Tribunal Constitucional e comissário europeu a dourarem-lhe o currículo - seria certamente aplaudido com bastante mais entusiasmo pelo aparelho socialista como candidato presidencial do que sucederá com Manuel Alegre.

Bastava querer. Alguma vez quererá?

 

Prós - Tem um discurso fluente, embora fale com excessiva rapidez para o entendimento de alguns, que não lhe acompanham o raciocínio. Sabe bem o que quer e para onde vai. É relativamente jovem, mas com melhor currículo do que muitos veteranos. Não se diplomou pela Universidade Independente.

 

Contras - A política parece seduzir cada vez menos este socialista definitivamente convertido à economia de mercado. Mário Soares talvez o encare como expoente de "neoliberalismo". Nas 'fotos de família' da União Europeia corria o risco de não ser visto se alguém cometesse a maldade de o colocar na segunda fila.

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