"Esta lei não surgiu do nada. Ela constitui apenas o mais recente passo de uma vasta campanha de promoção do erotismo, promiscuidade e depravação a que se tem assistido nos últimos anos. Por detrás de leis como o aborto, divórcio, procriação artificial, educação sexual e outras está o totalitarismo do orgasmo." JLCN hoje no DN.
Eu não me revejo em muita desta legislação "modernaça". Mas penso, sinceramente, que o meu velho amigo João Luis César das Neves, ao extremar desta forma o discurso, mesmo com razão no essencial, acaba por prejudicar objectivamente os que também não se revêem neste vanguardismo escusado dos novos "engenheiros sociais" do socratismo.
editado por Francisco Almeida Leite a 1/6/10 às 12:20
Pois eu bem me parecia que estava perante um daqueles célebres e históricos momentos do "bate-me que eu quero ser mártir" ao estilo Cine-teatro de S. Roque nos idos do PREC. A Inês contou-nos uma bela história de um magnífico filme, ESTA.
Alertado por ESTE post chego a outra versão da mesma história. Pois. Agora falta saber quem acrescentou um ponto ao conto. Uma coisa é certa, o batráquio não teve dúvidas. Compreendo, a amizade é assim mesmo...
O abrantismo faz escola. E não é só na blogosfera. Nos autarcas socialistas também se encontram verdadeiros exemplares de lançadores do eco frenético de pérolas como: “somos os campeões europeus do crescimento económico!” ou “Portugal está a dar passos sólidos, passos bem medidos e o sucesso está aí à vista.”. Será que o Presidente da Câmara Municipal de Mangualde conseguiu escrever tudo isto sem esboçar um sorriso malandro?
É oficial! O PS apoia a candidatura de Manuel Alegre.
Fica assim iniciado o processo interno do PS pós-sócrates.
Agora será ver os socialistas mais próximos de António José Seguro motivados e empenhados na candidatura de Manuel Alegre, enquanto os próximos de António Costa estarão num apoio acanhado, para não melindrar o peso soarista.
Desde que Fernando Nobre anunciou a sua candidatura, que Manuel Alegre tem um problema.
O milhão de votos (mais exactamente 1125077) que Alegre conseguiu, nunca lhe pertenceram. Os votos não foram em Alegre, mas sim naquilo que ele protagonizou então.
Uma candidatura de cidadania e fora da lógica partidária.
E se esse discurso fosse uma luva, Fernando Nobre é a mão que encaixa com perfeição.
Com o apoio do PS à candidatura de Manuel Alegre, que se junta ao Bloco, um movimento cada vez mais Partido, o candidato afasta-se ainda mais do seu milhão de votos.
editado por Francisco Almeida Leite a 1/6/10 às 12:22
«A reforma regional da nossa Administração tornou-se num imperativo sem possibilidade de recuo, a reforma das reformas o sine qua non do desenvolvimento - ao contrário, a sua falta é a grande explicação para a nossa presente penúria.
A regionalização foi em toda a parte o caminho para diminuir o peso do Estado e de o tornar mais eficiente. Todos os países do primeiro mundo fizeram da regionalização a receita para aumentar a riqueza, o incentivo para a criação de oportunidades nas zonas mais desoladas, a hipótese de fixação de população mais jovem no interior e, principalmente, a fórmula que sedimentou a participação cidadã e fez medrar a ideia da liberdade.
A liberdade só está completa no seu sentido de cidadania quando as pessoas sentem que ela possui significado concreto nas decisões que conformam as suas vidas. Se o poder é distante e alheado, os cidadãos ausentam-se da política e desinteressam-se da sua própria liberdade.
Pois, como ensinava Alexis de Tocqueville, o sentimento da liberdade não se despeja de cima para baixo - a liberdade ou é sentida na dimensão local (e regional) ou não tem alicerces para sobreviver a nível geral.»
E porque não um candidato do Norte? Um candidato com imagem de empreendedor, bem falante, habituado a emitir opiniões sem papas na língua, conhecedor das técnicas mediáticas e capaz de agregar apoios dos mais diversos quadrantes. Rui Moreira, 53 anos, presidente da Associação Comercial do Porto, não teria certamente dificuldades de lançar uma candidatura a Belém. E atenção: ele sabe bem o que são vitórias, até por ter sido campeão de vela.
Prós - Um Presidente da República deve ser fluente em vários idiomas: Rui Moreira, que estudou no Colégio Alemão do Porto e se licenciou em Gestão pela Universidade de Greenwich, em Londres, passaria certamente este teste. Notabilizou-se por ter sido um dos maiores opositores à construção de um aeroporto na Ota: o tempo deu-lhe razão, como hoje bem sabemos. No Porto, teria a vitória praticamente assegurada. E em Alcochete também.
Contras - É Leão só de signo: no desporto, sempre foi um fervoroso adepto do FC Porto. Se alguém quer vê-lo feliz é em dia de vitórias dos "dragões" num estádio qualquer - uma característica que o torna pouco ou nada popular junto de benfiquistas e sportinguistas. O seu actual discurso pró-regionalização também se arriscaria a afugentar alguns eleitores, designadamente em Lisboa. O centralismo é tramado.
Já o nosso Villalobos apontara para a rotatividade dos Abrantes, ora economistas, ora juristas e desta feita distraídos. Pelo menos este Miguel Abrantes caiu da cama por estes dias e numa prosa tolinha faz um ensaio de ataque a JPP usando o nome de Rui Baptista. Pelos vistos os Abrantes gostam de imitar o chefe em tudo, até na desorientação.