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Albergue Espanhol

"-Já alguma vez estiveste apaixonado? - Não, fui barman toda a minha vida." My Darling Clementine, John Ford.

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"-Já alguma vez estiveste apaixonado? - Não, fui barman toda a minha vida." My Darling Clementine, John Ford.

A presidência do Parlamento.

 

Claro que o essencial do dia de hoje é a existência de um acordo de governo entre PSD e CDS e a consequente indigitação do primeiro-ministro Passos Coelho. Dito isto, parece-me bem o agreement to disagree a que se chegou entre o PSD e o CDS na questão da Presidência do Parlamento. A intenção de Pedro Passos Coelho ao convidar Fernando Nobre para se candidatar à presidência da Assembleia da República com o apoio do PSD nunca foi a de ter um Presidente alinhado com o governo, mas antes a de eleger um Presidente cuja independência contribuisse para um clima de melhor entendimento entre os partidos e de maior proximidade entre a Assembleia e os cidadãos. Desse ponto de vista, é até salutar que na hora da votação Fernando Nobre não apareça como o candidato da coligação mas sim como o candidato livre e descomprometido que desde o início prometeu ser.

 

A aposta em Fernando Nobre é uma aposta arriscada, como todas as apostas de mudança. O CDS está no seu direito de não querer participar nela. Mas esta aposta do PSD está longe de estar perdida: nem só com a maioria de governo se conseguem os 116 votos necessários. Quando o Parlamento reunir pela primeira vez, os deputados sentados à esquerda do PSD terão uma escolha a fazer: ou aceitam a oferta de colocar um independente na presidência do Parlamento, ou impõem um regresso à habitual lógica partidária que resultará num Presidente da AR afecto à coligação maioritária. Não viria daí grande mal ao Mundo: seria apenas uma oportunidade perdida. Mais uma numa longa série de oportunidades perdidas graças à esquerda. Mas não tem que ser assim.

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