Então a condição excepcional está em Sócrates não ter saído e não em Passos Coelho ser um grande político que consegue uma vitória histórica. Comentadores de vários quadrantes políticos e principalmente do PSD diziam que era preciso ser muito inábil ( Passos Coelho ) para não vencer Sócrates nestas circunstancias.
Eis uma opinião, essa de H. Raposo, que não tem nenhum valor intrínseco, quer dizer, nada se extrai para além do mero facto que enuncia. "Passos foi o primeiro a conseguir derrubar nas urnas o status quo.", e depois, qual é o interesse especial disto?
Isto, por si só, diz apenas da vontade do povo nestas eleições, e dado que Passos foi eleito para governar, e não para ser o rosto de um qualquer, e mero, facto histórico do historial de eleições em Portugal, isto nada diz de especial sobre Passos, não é nem abonatório nem desabonatório. O que é extraordinário é que esta opinião seja tida como portadora de algum valor acrescentado, digna de repercutir na blogosfera.
Será que já estão a derrubar as vossas expectativas para o próximo governo para um nível tão baixo que resulte nos quererem impingir este facto, relatado por um opinador do jornal do militante número 1 do PSD, como um momento especiamente alto do novo PM - que, no caso, fez apenas o mais básico que é ser eleito?