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Albergue Espanhol

"-Já alguma vez estiveste apaixonado? - Não, fui barman toda a minha vida." My Darling Clementine, John Ford.

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Haja Saúde

 

 

 

 

 

 

Hoje vou-me atirar para fora de pé. Com a minha vincada tendência apolítica e eczema súbito sindical, não esperaria de mim própria ver-me aqui a redigir um manifesto a favor dos abastados.

 

Mas ontem, estando muito entretida a assistir à conferência de imprensa com o nosso novo PM (rapaz em quem depositei o meu voto de confiança, devo confessar), assisti à colocação de uma velha questão acerca do sistema de saúde em Portugal.

 

Perguntava um qualquer jornalista se iríamos assistir a alguma reforma no actual sistema das taxas moderadoras no sentido de as classes mais favorecidas pagarem mais pelos serviços de saúde.

Optando pela resposta politicamente correcta, Pedro Passos Coelho referiu que era cedo para avançar com respostas definitivas mas que lhe parecia justo onerar as classes mais favorecidas para poder assegurar o atendimento a quem menos pode.

 

Ora isto pode parecer justo num sistema democrático. Mas irrita-me. Primeiro porque as classes mais abastadas pagam uma percentagem de impostos alarvemente superior à das classes desfavorecidas, facto que, em si, já lhes deveria permitir entrar no Hospital de Santa Maria pela porta grande. Depois porque, não encontrando resposta no sistema nacional, vêem-se obrigadas a recorrer a seguros de saúde que obrigam a uma valente renda adicional mensal.

 

Na prática (digo eu do alto dos meus sapatos burgueses), as classes favorecidas só recorrem ao serviço público quando a coisa está tão preta e a emergência é tão grande que não lhes resta outra alternativa. E, se a assistência só é prestada em casos de vida ou morte, parece-me que o mínimo que o governo podia fazer era dar-lhes uma borla.

 

Mas isto digo eu que não percebo nada de política, mas que estou farta de pagar a crise.

 

 

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