Um partido sem emenda (3)
«O radicalismo inconsciente de "correr o Sócrates o mais depressa possível", a que no PSD se deu ouvidos, ameaça ser ou mantê-lo, contra todas as evidências, ou dar-lhe o melhor cenário possível para um retorno ao poder a curto prazo. E o melhor cenário possível, não custa perceber, é um PSD ganhador por uma pequena margem sobre um PS que sai do seu annus horribilis sem grandes estragos. Sócrates escapará ao pior da crise, a execução do plano de austeridade do FMI passará a responsabilidade do PSD, e este estará na primeira bancada da Assembleia a conduzir uma oposição revanchista e perigosa face a um PSD muito debilitado por uma vitória que será de Pirro.»
José Pacheco Pereira, em artigo de página inteira hoje no Público. Faltam 42 dias para as legislativas.