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Albergue Espanhol

"-Já alguma vez estiveste apaixonado? - Não, fui barman toda a minha vida." My Darling Clementine, John Ford.

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"-Já alguma vez estiveste apaixonado? - Não, fui barman toda a minha vida." My Darling Clementine, John Ford.

Eu que nem acredito em bruxas...

O Conselho de Opinião da RTP nunca mencionou ou abordou o assunto Mário Crespo nos seus encontros, garante Manuel Coelho da Silva, presidente do organismo.

 


 


 

Tanto barulho e afinal...

A RTP ainda não foi privatizada e já estalou uma verdadeira guerra "vale tudo" entre os diferentes grupos de comunicação social. Primeiro foram as capas com o SIS, agora com Crespo.

das liberdades

Na semana passada, na sua habitual coluna no Expresso, Daniel Oliveira resolveu disparar contra a Administração da Jerónimo Martins, mais exactamente no que diz respeito ao Pingo Doce. Fê-lo com a habitual inimputabilidade opinativa que grassa em muitos colunistas. Posso discordar do que escreveu, perfeitamente normal, e entender que está no direito à liberdade de expressão. Uma liberdade tão aclamada e glorificada por muitos, como se esta liberdade não tivesse consequências.

 

Na edição desta semana do mesmo jornal, na secção de cartas, é publicado um direito de resposta de Pedro Soares dos Santos, Administrador da empresa visada. Mas se na semana anterior o buzz tinha sido mínimo, desta feita o artigo fez mossa à esquerda, até em alguns desavindos bloquistas, e todos bradaram nas redes sociais e blogosfera o seu incómodo com a prosa do empresário. Quer pelas considerações que teceu sobre o dianteiro colunista, como pelo facto de terminar a carta a dizer algo tão óbvio como que em Democracia existe um lugar natural para aferir dos afagos escritos, o tribunal.

 

Eu gostei mais da carta de Pedro Soares dos Santos. Mas acho normal que outros tenham preferido o artigo de Daniel Oliveira.

 

O que não acho normal é que haja uma turba que entenda que a tal Liberdade de Expressão sirva para tudo e sem consequências.

 

Afinal, o artigo e a carta, não é isto uma sociedade e um estado democrático, laico ou não, a funcionar?

Da série "Frases que impõem respeito"™

"Neste momento nenhum outro governo faria melhor e não digo isto por ser do PSD"

 

Marcelo Rebelo de Sousa, no seu habitual comentário na TVI

 

Fazendo a avaliação do desempenho do Executivo de Passos Coelho nos dois últimos meses, desde que tomou posse, Marcelo frisou, como pontos positivos, o facto de o Governo ter feito "tudo o que era preciso fazer para não dar argumentos à troika para Portugal não receber o dinheiro". "Cumpriu praticamente ponto por ponto o que era necessário até agora", sustentou, indicando também o "capital de honestidade e determinação do primeiro-ministro".

 

 

O Chefe do "Governo Económico Europeu".

 

Hermann Van Rompuy, até agora Presidente do Conselho Europeu, mas ao que parece já nas suas novas funções de Chefe do "Governo Económico Europeu" para que foi designado na cimeira Merkel-Sarkozy, pronuncia-se contra os Eurobonds. Tal não constitui propriamente novidade, uma vez que, como já aqui escrevi, fiquei absolutamente convencido de que a Alemanha nunca os aceitará. A novidade, no entanto, é que, sendo os Eurobonds defendidos por tantos países europeus, não deixa de ser curioso que alguém no centro de um órgão comunitário, onde deveria ter independência das posições dos Estados-Membros, venha afinal ter um alinhamento tão grande com a posição da Alemanha. Tal demonstra, para quem ainda tivesse dúvidas, que o "Governo Económico Europeu" será de facto dirigido por Angela Merkel e Van Rompuy se limitará a executar as suas determinações. E de facto nestas declarações de ontem o que se ouviu foi his master's voice.

Evolução na continuidade?

 

Já tinha escrito aqui que este Governo está a começar a parecer-se de forma preocupante com o anterior. Depois do que escrevi surgiram ainda sinais mais preocupantes, dos quais o mais extraordinário seria a recuperação do inútil e dispendioso projecto do TGV. Felizmente que existe pelo menos um deputado do PSD a dizer o que se impõe sobre este assunto. Ou o Governo realiza uma ruptura total com o estado de coisas que foi deixado, a qual passa por apresentar quanto antes medidas extraordinárias de redução da despesa, e não cobrança de receitas extraordinárias, ou arrisca-se seriamente a perder o comboio do país, mesmo que queira avançar com o TGV. A pior coisa que nos poderia acontecer seria criar a impressão de que afinal, em vez de uma mudança de política, temos antes uma evolução na continuidade, ao estilo de Marcello Caetano. Ora, todos sabem qual foi o destino final dessa sua iniciativa de evolução na continuidade.