Que Força é essa?
A ver se nos entendemos. Foi a forca (sic) do Progresso, assim com caixa alta ou, para quem não tem a profissão extinta de tipógrafo, revisor ou - já faltou mais - jornalista - letra maiúscula, que nos trouxe até aqui.
É aqui um lugar bom? Nem por isso. Não. É um lugar equivalente à última fila do antigo segundo balcão em cinemas que o Progresso exterminou.
O Progresso serve para quê? "Progredir". Para onde? Who cares. A coisa avança.
Estamos à beira do precipício e vamos dar o passo em frente? Ena, ena!
Ser contra o Progresso - em caixa alta ou maiúscula - é ser conservador? Não. É ter juízo. É ter cautela. É perceber que nos empurram para um sítio que desconhecemos qual seja e que, se calhar, quando percebermos pode ser tarde demais porque não temos às costas um paraquedas.
O Progresso - com caixa alta - é uma palavra vazia igual a outras palavras vazias. Já o progresso mede-se, é quantificável, mensurável, comparável.
Quando olhamos para José Sócrates, de costas para os figurantes úteis, voluntários, que acreditam e ainda bem para eles, da JS, de olhos para nós no ecrã de televisão e com uma frase colada no púlpito a falar da Força e do Progresso só perguntamos. Que força é essa?