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Albergue Espanhol

"-Já alguma vez estiveste apaixonado? - Não, fui barman toda a minha vida." My Darling Clementine, John Ford.

Albergue Espanhol

"-Já alguma vez estiveste apaixonado? - Não, fui barman toda a minha vida." My Darling Clementine, John Ford.

Carvalho da Silva

Carvalho da Silva fez o seu último discurso como líder sindical num Primeiro de Maio. Demasiado inquieto para ter futuro no Partido Comunista e demasiado preso a velhas palavras para sobreviver fora dele. Alguns acenam-lhe com a ideia de que é um novo Lula, fazem-lhe crer que pode ambicionar ser protagonista de uma nova esquerda. Talvez embarque na ilusão. Um dia acordará amargo.

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RT @DanielaESanto: RT @OldFunnyJoker: So Bin Laden is finally dead. It's amazing what Americans can do when the playstation network is down.

O confradismo avança, com toda a confiança!

Ao contrário do que pensam alguns ingénuos porventura bem-intencionados, o tema do momento, no nosso país, não é a dívida, nem o FMI, ou as eleições: tudo isso é pura conjuntura, poeira dos dias que se esfuma na noite dos tempos. Não: o que marca, o que merece atenção, o que requer estudo, é - como o meu preclaro amigo Zé Aguiar antes dos mais já percebeu - o movimento confrádico nacional. Queixam-se de que não há sociedade civil, de que o país está amorfo, sem reacção à crise? Então ponham os olhos neste espantoso movimento grassroots que, de Tentúgal a Arganil, do Dão à Figueira da Foz, de Vila Cova de Alva a São Martinho da Cortiça, mobiliza espontaneamente tantos e tantos portugueses, em defesa daquilo que lhe é mais querido ao coração, à cabeça e ao estômago, como diria o grande Camilo! Cidadãos e cidadãs anódinos e sem história como que se metamorfoseiam de uma hora para a outra, e eis que uma excelente mãe de família de Tentúgal surge subitamente de capa esvoaçante e se diz Grão-Mestre da Confraria da Doçaria Conventual, enquanto uma outra esposa e mãe extremosa de Arganil enverga num ápice um tricórnio emplumado e se transforma em Mordomo-Mor da Confraria do Bucho da sua terra! Como? Porquê? Tantas perguntas, e ainda tão poucas respostas! E para o cientista político o que mais importa, nesta hora de fim de regime e de necessária renovação institucional, são as novas formas políticas que emergem nestes movimentos de base, o neo-medievalismo, de velha cepa lusitana, a que aludem, e os novos modelos de relacionamento entre os poderes que sugerem, implícitos na reivindicação de soberania, por exemplo, da Ordem dos Cavaleiros-Provadores do Vinho do Dão. Entre vinhos e enchidos, pastéis e muitos outros petiscos, o país ganha um novo élan, um novo colorido, uma aparência mais saudável; dizia-se antigamente da Itália que a sétima economia do mundo sabia crescer apesar do Estado; em Portugal, o país real consegue mesmo viver contra o país oficial - e ficar muito bem almoçado nessa ocorrência.

google, esse perigoso socialista

Google, esse perigoso capitalista ou socialista?

 

 

Ou antes, Google, apenas mais um perigoso cínico?

 

 

De qualquer dos modos, é preciso não esquecer que hoje é o Dia Internacional do Yoga do Riso.

 

 

 

Mas o mais importante de tudo é que hoje é o dia da beatificação de João Paulo II.

 

 

P.S.: O Google por exemplo do Reino Unido é hoje também muito bonito.

Cada um faça a sua parte

Foi como o nosso João Villalobos começou e acabou a sua intervenção no "Mais Sociedade". Pois cada um que faça a sua parte porque a escolha é simples: Quem quiser mudar, quem acha que já chega deste PS, quem quer ver este PS a uma distância saudável do Governo, sabe muito bem o que tem de fazer.

 

Não será o voto alternativo apoiado em desculpas e conversa mole, não será o voto em estimáveis pequenos partidos sem hipótese de oferecer uma alternativa de governo ao país, não será Nobre, não será o Leite de Campos, nem os erros de comunicação política ou o profissionalismo dos meninos socráticos a retirar a responsabilidade a cada um daqueles que depois se vier queixar de termos mais uns anos este PS - com Sócrates ou sem ele - a parasitar o Estado.

 

Quem quer mudar, vota para mudar. O resto é conversa.

 

 

Quantos cilícios?

No dia da morte de João Paulo II o rumor da multidão exigiu testemunhar a sua ascensão ao Olimpo - Ratzinger cumpriu hoje a primeira das suas concessões. O poder também se faz disto. Mas a Igreja continua a não sacrificar a sua obsessão pela realpolitik e a não libertar os seus palácios do Mal. Meu Deus, porque foi convidado Mugabe? Quantos cilícios continuarão a ser precisos para apagar o desrespeito por Cristo?

Veja as diferenças

O Luís Osório solicita no post abaixo que “uma alma caridosa mostre que vale a pena” acreditar no PSD como alternativa e o meu lado budista impele-me a fazer-lhe a vontade. Para começar limito-me a isto: Pedro Passos Coelho tem palavra e cumpre aquilo que diz, mesmo quando na balança do pragmatismo a curto prazo colheria mais frutos não o fazendo.

Exemplo disso é o que sucedeu com a iniciativa "Mais Sociedade", na qual aliás tive a oportunidade de participar. Fácil teria sido, para a direcção do PSD, invocar o novo cenário das eleições antecipadas para anular os efeitos de uma iniciativa da qual - previsivelmente - resultariam ideias polémicas e onde seriam partilhadas visões severamente críticas para o papel do Estado tal como tem sido desempenhado até aqui.

No entanto, ao fazê-lo teria retirado voz a representantes da sociedade civil que Passos Coelho prometera ouvir e ter em consideração, tal como ouviu muitos outros aliás. Basta lembrar o livro que Pedro Reis compilou com as propostas de empresários e empreendedores para a Economia, também algumas delas polémicas. A uns e aos outros, o líder do PSD sempre disse o mesmo: Que as opiniões eram válidas, que seriam pesadas com atenção, mas que comprometiam apenas os seus  autores.

Em circunstâncias idênticas, a abordagem Socrática teria mandado este mais recente acontecimento às couves e apostado no que se viu nas últimas semanas; Discursos do líder e dos indefectíveis, assistência tratada como figurantes municiados com bandeirinhas. É mais eficaz? Dizer que sim seria tomar as pessoas por parvas. É menos passível de criar ruído comunicacional? É bem possível. É menos democrática e participativa? Certamente.

O PSD entregará agora o seu programa aos eleitores depois de meses e meses de abertura às contribuições dos cidadãos. Apresentará as suas propostas obviamente apenas após análise das indicações da Troika e terá em conta, como Passos sempre o disse, todas as ideias que se revelarem consentâneas com o que é possível e desejável. Em suma, que ajudem Portugal a crescer e a inverter o ciclo recessivo criado por estes seis anos de (des)governo socialista.

Ao Luís, gostaria de dizer que aquilo que aqui lhe escrevo (e a quem pensa como ele) não resulta de um esforço de caridade. Nem de fé. Apenas de uma esperança que se baseia naquilo que vou comprovando. Acredita quem quiser.    

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Especificamente sobre Eduardo Catroga recomendo a leitura deste post de Carlos Botelho no Cachimbo de Magritte.    

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